sexta-feira, 14 de agosto de 2015

RELAMPIÃO NO SESC VILA MARIANA DIAS 15 E 22 DE AGOSTO



RELAMPIÃO 

DIAS 15 E 22 DE AGOSTO 
NO 
SESC VILA MARIANA

17H30


A Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéa de Teatro juntam-se 
nesse processo para revisitar as histórias de Lampião,
o mito do cangaço, e aproximá-las das questões 
cotidianas de nosso tempo.
O que há em comum entre a luta do cangaço e as 
lutas pela vida na contemporaneidade? Os grupos, 
utilizando suas experiências de rua, apostam em uma
caatinga de concreto, em múltiplos Lampiões e 
Marias Bonitas revelados na dramaturgia deste 
espetáculo.


Praça de Eventos


(Foto: Arô Ribeiro)



sábado, 20 de junho de 2015

quinta-feira, 4 de junho de 2015

RELAMPIÃO: RELAMPIANDO NA CHUVA!!!



O teatro na rua. Com o céu por ribalta e o imprevisto na direção. A Companhia do Miolo em parceria com a Cia Paulicea, apresentou hoje em frente a Praça das Artes o espetáculo Relampião. Debaixo de chuva segurou o público na emoção e no encanto. A entrega dos artistas emociona e a história interpretada é comovente.



Um texto crítico, dolorido, a ponto de ser cruel de tão real. É a nossa realidade dialogando com as agruras do rei do Cangaço. Mas algo foi especialmente tocante no espetáculo dessa tarde, ele estava estrategicamente posto diante de dois símbolos claros da dor e esperança de carregar um sonho. E em certa altura da apresentação uma das personagens grita por esse sonho que é dela na ficção e dos que percorrem diariamente aquela rua na realidade. O sonho de ter um lar. Uma casa. Uma janela para chamar os meninos pra dentro. No enredo a personagem esperava na promessa de que seria sorteada para receber seu espaço num conjunto habitacional, coisa que não acontece, causando a revolta da mesma.

Na vida real do lado direito havia um prédio ocupado pela FLM (Frente de Luta por Moradia), e do outro lado da rua a Central da Habitação da Prefeitura de São Paulo. Dois lados distintos de uma mesma luta, mas o que me fez atentar pra isso foi a arte, em sua função política e pública que abriu meus olhos e sentidos para aquilo que visto todo dia se torna tão comum a ponto de ser irrelevante.

A violência, a dor, o riso, o sonho, a esperança, a falta dela, a malemolência, o trabalho, os subterfúgios para seguir nesse sertão de pedra. Tudo isso enredado numa história contada com maestria e explorando a linguagem do nordeste na fala, música e dança. É misturar meus dois amores, como boa sudestina que sou me emocionou profundamente. E foi assim que esses artistas ganharam o meu respeito e trouxeram beleza para o meu dia.




*Uma observação é importante ser feita. Pouco antes do espetáculo começar os artistas se reuniram em circulo no centro do "palco", e ajoelhados silenciaram. Um senhor alheio a consciência aproximou-se em comunhão com os artistas e foi lindamente acolhido. A partir daquele ato eu tive certeza que valeria a pena ficar até o final, e valeu!


Erika Neves
(texto e fotos)


RELAMPIÃO: RELAMPIANDO NA CHUVA!!!: O teatro na rua. Com o céu por ribalta e o imprevisto na direção. A Companhia do Miolo em parceria com a Cia Paulicea, apresentou...